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7/01/21 às 14h49 - Atualizado em 5/07/24 às 16h33

Vacinas para COVID-19 em testes no Brasil

Vacinas para COVID-19 em testes no Brasil

 

 

Você conhece todas as vacinas para COVID-19 com testes aqui no Brasil? Se você está completamente por fora do tema vacinas para coronavírus, vamos vai te ajudar.
Vamos aqui fazer um breve resumo (breve mesmo) sobre as 5 principais vacinas. O critério que escolhemos foi vacinas em fase III (de acordo com tabela divulgada pela OMS). Todas elas, com exceção da vacina da Moderna, terão voluntários participantes do Brasil.

 

Fase III
Antes de iniciarmos, uma pequena explicação sobre a fase III. Nessa fase, a vacina é testada em grande número de pessoas (na casa dos milhares), e espera-se para ver o número de voluntários vacinados que serão infectados, comparando-os com voluntários que receberam placebo.
É essa fase que determina se a vacina de fato promove proteção contra o coronavírus, podendo ser então aprovada. E quanto de proteção? A Food and Drug Administration (FDA) afirmou que pelo menos 50% dos vacinados precisam ser protegidos para que a vacina seja considerada efetiva.
Então vamos conhecer melhor quais candidatas à vacina estão próximas de atingirem a tão esperada aprovação.

A vacina de Oxford contra COVID-19
A vacina de Oxford, criada e desenvolvida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, está entre as mais promissoras. A vacina utiliza adenovírus de chimpanzé como vetor viral para carrear informação genética que codifica a proteína Spike do Coronavírus.
Os estudos em macacos mostraram proteção. Os resultados preliminares das fases I/II foram divulgados na revista Lancet, sendo bastante animadores .

A vacina encontra-se atualmente nas Fases II/III na Inglaterra, bem como em fase III aqui no Brasil, e na África do Sul. Segundo a AstraZeneca, a capacidade total de produção, em caso de aprovação da vacina, será de 2 milhões de doses.
A vacina teve seus testes suspensos após reação inflamatória de um voluntário, que desenvolveu mielite transversa. Porém, após revisão dos dados, os testes aqui no Brasil e na Inglaterra retornaram, mas permanecem ainda suspensos em alguns países.
O projeto afirma que, se aprovada, poderá produzir até 2 bilhões de doses, e pode entregar doses emergenciais já no mês de Outubro.

A vacina chinesa CoronaVac
A empresa china Sinovac desenvolveu vacina inativada chamada CoronaVac. Os resultados das fases I/II divulgados em junho mostraram que, dentre os 743 voluntários que receberam a vacina, não houve efeitos adversos graves e os participantes desenvolveram resposta imune.
A fase III da vacina foi lançada neste mês de Julho, aqui no Brasil. A companhia está trabalhando para ser capaz de produzir até 100 milhões de doses anualmente.

A empresa chinesa Sinovac desenvolveu vacina inativada chamada CoronaVac. Os resultados das fases I/II divulgados em junho mostraram que, dentre os 743 voluntários que receberam a vacina, não houve efeitos adversos graves e os participantes desenvolveram resposta imune.
A fase III da vacina foi lançada no mês de Julho, aqui no Brasil, e já conta com 9 mil voluntários profissionais de saúde. Durante entrevista coletiva, o Governador João Doria divulgou dados de eficácia e segurança da Vacina, baseados em mais de 50.000 voluntários vacinados na China.

De acordo com Doria, 94,7% dos participantes não experimentaram efeitos colaterais. Os aproximadamente 5% restantes experimentaram efeitos colaterais considerados de baixo grau, que incluía, principalmente dor no local de aplicação, fadiga e febre moderada.
Além dos dados de segurança, a eficácia da vacina foi vista em 98% de eficiência em produzir imunidade dos voluntários testados. Estes dados serão ainda atualizados e divulgados após conclusão dos testes no Brasil.
Alguns dos brasileiros já vacinados ainda aguardam a administração da segunda dose, e a conclusão da fase 3 aqui deve ser expandida para 13 mil voluntários, incluindo grupos de risco (idosos e crianças).
O primeiro lote, de 5 milhões de doses da vacina CoronaVac, chegará ao Instituto Butantan em Outubro, mas a vacinação da população paulista iniciará apenas após conclusão dos testes e aprovação pela Anvisa.
A vacina da Sinopharm também será testada no Brasil
A empresa estatal chinesa Sinopharm também trabalha com vacina inativada, e os resultados divulgados mostraram segurança e produção de resposta imune. A vacina encontra-se em fase III, sendo testada nos Emirados Árabes Unidos.
O ministro da saúde de Abu Dhabi foi o primeiro a receber vacina. Um total de 15.000 voluntários são esperados, e a previsão é que a vacina esteja pronta até o final deste ano. O Paraná acaba de firmar acordo com a empresa e os testes também acontecerão aqui no Brasil.
A vacina do NIH
A empresa moderna, em parceria com o National Institutes of Health (NIH), desenvolveu vacina que utiliza tecnologia baseada em RNA mensageiro (mRNA), para produzir proteínas virais no corpo.
A vacina foi capaz de proteger macacos contra a infecção pelo novo coronavírus, e resultados preliminares em humanos foram promissores.
Agora, a vacina encontra-se na fase III, que será testada em 89 locais nos EUA, em 30.000 participantes saudáveis. O dinheiro investido pelo governo americano nessa vacina se aproxima de 1 bilhão de dólares.

A vacina da Pfizer
A empresa Pfizer, juntamente com a empresa alemã BioNTech e a farmacêutica chinesa Fosun Pharma, trabalham juntas também no desenvolvimento de vacina do tipo mRNA. As fases I/II, que aconteceram na Alemanha e nos EUA, tiveram resultados positivos.
Os voluntários produziram tanto resposta humoral como celular contra o SARS-CoV-2. Isto é, a vacina foi capaz de desencadear produção de anticorpos bem como de células T contra o vírus.
Alguns dos efeitos colaterais experimentados pelos participantes incluíram distúrbios do sono e dor no membro superior. A fase II/III foi anunciada e acontece, além dos países já mencionados, na Argentina e aqui no Brasil.
Se aprovada, a Pfizer afirmou que espera fornecer mais de 1.3 bilhão de doses ao redor do mundo até 2021. Também afirmou que espera saber se a vacina funcionará já no mês de Outubro.

 

Fonte: https://www.sanarmed.com/vacinas-para-covid-19-em-teste-brasil