Programa atende escolas públicas e aumenta oferta de trabalho
Começaram a ser feitos os primeiros consertos do Programa
Foto: Cleverlan Costa
Pequenos Reparos, uma inciativa da SEDICT voltada para as escolas públicas. Como o próprio nome diz, o objetivo é fazer, com rapidez e pouca burocracia, pequenos consertos nas escolas. Com custo baixo, esses consertos não dependem de licitação.
A pedido da Secretaria de Educação, o programa Pequenos Reparos teve início por São Sebastião. Três escolas foram atendidas na cidade. Em uma delas, a Escola Classe Cachoeirinha, que fica no Núcleo Rural Nova Betânia, o serviço contratado foi a pintura do muro do colégio, que não via tinta há três anos.
Foto: Cleverlan Costa
O diretor Ildemar Serrano elogiou a rapidez com que o pedido dele foi atendido. Segundo o diretor, apenas dois dias depois do pedido à Regional de Ensino, o muro já estava sendo pintado. O serviço também durou dois dias. O pintor Rogério Pereira de Souza chegou a dormir na escola para terminar mais rápido. A pintura custou R$ 850. O preço baixo deu ainda mais rapidez ao processo. “O que der para fazer com o próprio dinheiro da escola, de maneira simples, eu vou fazer”, assegurou Ildemar, animado com o resultado do programa.
A rapidez para resolver o problema também é o ponto alto na opinião do professor Wanderson Fernando
Pereira Rosa, diretor da Escola Classe 303, que fica no Residencial Oeste. “Se fosse antes, levaria um mês pelo menos para fazer o serviço”, recorda Wanderson, que utilizou o Pequenos Reparos para trocar cinco fechaduras da escola. O serviço, segundo ele, custou menos de R$ 300.
O serviço maior, mais demorado e mais caro foi a troca de um dos portões do Centro de Ensino Fundamental Miguel Arcanjo, na Área Especial 3. O trabalho precisou de uma semana para ser feito e custou R$ 3,2 mil.
As escolas públicas podem utilizar o Pequenos Reparos para consertos rápidos e baratos também de marcenaria, hidráulica e eletricidade. A direção da escola deve solicitar o serviço à regional de ensino, que por sua vez entra em contato com a SEDICT. Para prestar serviços ao programa, o profissional precisa estar registrado como Micro Empresário Individual, MEI, e estar com todas as licenças e taxas em dia. Além disso, ele precisa se cadastrar pessoalmente na sede da SEDICT (Setor Bancário Norte, Quadra 2, Bloco K, Lota 09, Edifício Wagner), levando a documentação da empresa e comprovante de experiência profissional. Atualmente há 143 cadastrados e 22 escolas solicitando serviços. A SEDICT levanta três orçamentos e escolhe o mais barato.
Segundo Rafael Monforte, diretor de uma das escolas atendidas, a exigência da formalidade acabou com o principal problema que havia na hora de se contratar esses serviços simples. “A dificuldade maior era encontrar esses profissionais legalizados, em situação regular. Indicações eram muitas, até de bons profissionais, mas não eram regularizados, e como o dinheiro é público, não é possível pagar se a pessoa não apresentar documentação”, ele ressalta, garantindo que vai usar o programa para fazer outro portão da escola Miguel Arcanjo.
Pintor há 33 anos, Rogério Pereira de Souza garante que quando o profissional é formalizado, aparece mais serviço. “Se eu estou legalizado, a pessoa vai ver que eu estou em dia com os impostos, fica mais fácil contratar o serviço”, garante. Quem concorda é o serralheiro Vanderlei Pereira de Sousa, que tem sua empresa legalizada há seis anos. “Quando você é legalizado, você transmite mais confiança. O CNPJ transmite mais confiança ao freguês”, ele diz, fazendo um elogio final ao Pequenos Reparos: “Diminuiu muito a burocracia”.
Foto: Cleverlan Costa
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