Comerciantes pedem mais transporte e menos burocracia
Foto: Cleverlan costa
O governador Rodrigo Rollemberg esteve nesta terça-feira (15) na sede da Secretaria de Economia e Desenvolvimento Sustentável, no Setor Bancário Norte. Rollemberg escolheu o local para dar continuidade a sua agenda de encontros com o setor produtivo. Ele se reuniu com representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL-DF, e do Sindicato do Comércio Varejista, o Sindivarejista.
Durante duas horas, o governador ouviu reivindicações, queixas e mesmo reclamações, principalmente quanto ao excesso de burocracia do Estado, o que segundo os empresários trava a abertura de empresas e inibe o desenvolvimento econômico. Eles citaram como exemplo a liberação de alvará de funcionamento de postos de gasolina. Segundo os comerciantes, existem postos montados, prontos para o funcionamento, mas que por causa de entraves burocráticos ainda não estão atendendo o consumidor.
Prometendo que o Governo de Brasília vai estudar brechas na lei que permitam acelerar a burocracia, Rollemberg lembrou que “temos sim que enfrentar a burocracia, mas como gestores públicos estamos submetidos às leis”. Ele aproveitou as presenças de representantes da Central de Aprovação de Projetos, CAP, ligada à Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Social, SEDESTMIDH, e do Instituto Brasília Ambiental, IBRAM, e pediu que fosse marcada uma reunião entre esses órgãos e donos de postos de gasolina para tratar especificamente de uma solução para que os estabelecimentos comecem logo a funcionar.
Rollemberg prometeu também estudar a possibilidade de atender outro pedido dos empresários: o funcionamento do metrô até 21h aos domingos e feriados. Segundo a categoria, esse horário dificulta a vida de quem trabalha em shopping center, porque as lojas fecham, nesses dias, às 20h, quando o metrô só funciona até 19h. O governador considerou a reinvindicação justa, “mas é preciso lembrar que se for até mais tarde, o metrô precisará começar a circular mais tarde aos domingos, por que a lei de Responsabilidade Fiscal nos impede que pagar mais horas extras aos funcionários”, ressalvou Rollemberg.
Os comerciantes levaram ainda ao governador pedidos para o aumento do número de linhas de ônibus no Setor de Indústria e Abastecimento, SIA, especialmente na quadra 17, onde funcionam 150 empresas, que empregam quase 3 mil pessoas. Pediram também mais segurança nos estacionamentos externos de shoppings centers como Conjunto Nacional e Liberty Mall e rigor no combate ao comércio irregular.
A única reivindicação que Rollemberg adiantou ser difícil de atender é o parcelamento de impostos e dívidas do setor produtivo, devido à realidade difícil de arrecadação do Distrito Federal. Quando falou sobre isso, admitiu que as privatizações de empresas públicas são assunto polêmico dentro do próprio governo, mas que a realidade econômica e fiscal do DF realmente pede uma discussão sobre a venda de patrimônio público (o secretário Valdir Oliveira é defensor das privatizações). O governador tem esperança que esse quadro complicado de arrecadação será mudado a partir da sanção, pelo Presidente Michel Temer, da lei que regulamentou a concessão de incentivos fiscais pelos estados, que coloca o DF em condições iguais com o resto do Brasil na briga pela vinda de empresas para cá.
Valdir Oliveira considera que esses encontros são o caminho para que o estado e o setor produtivo vençam juntos dificuldades como a burocracia. “O governador trouxe dois órgãos importantes, que são a CAP e o Ibram, para ter um diálogo franco, para abrir uma boa conversa com o meio empresarial. Porque hoje a gente precisa ter é muita informação, a comunicação é que é o segredo do negócio. Muitas coisas serão resolvidas seguramente com um bom diálogo”, disse o secretário, confiante.